O professor Herbert Marshall McLuhan é considerado por muitos um profeta da globalização. Na concepção desse professor, um meio de comunicação pode ser classificado como quente ou frio, conforme a maneira como é percebido e como as mensagens são incorporadas pela audiência. Os meios frios, por possuírem baixa definição, exigem maior participação e envolvimento, o que permite que uma maior quantidade de informação seja preenchida pelos “usuários”. Meios frios, assim, exigem participação elevada para que se preencham as lacunas de entendimento ou conhecimento. A televisão, segundo McLuhan, é um meio de comunicação frio.
Análise:
Uma vez que a televisão se tornou o meio dominante na comunicação, McLuhan centrou-se na descrição da natureza fundamental e no poder revolucionário da televisão. Classifica os meios como quentes ou frios. Os meios quentes são canais de comunicação com alta definição e são dirigidos para qualquer receptor. A imprensa é um meio quente e visual. Do mesmo modo são a fotografia e a imagem em movimento (cinema). Elas contêm muita informação, pelo que não exigem um grande esforço por parte do receptor. O texto de um livro é quente, mas um cartoon é frio. Os meios frios exigem uma participação elevada para preencher as lacunas de entendimento ou conhecimento. O rádio é um meio quente, mas o telefone é frio, porque (o interlocutor) precisa de uma resposta. Os meios quentes tendem a ser muito visuais, lógicos e privados. Organizam-se para comunicar informação discreta. Os meios frios tendem a ser aurais, intuitivos e de envolvimento emocional. Os meios frios clarificam o contexto envolvente para que os participantes se insiram na história. Se se pensa habitualmente que a televisão é um meio visual, McLuhan classifica a televisão como um meio aural e tátil, muito frio. A televisão é fria porque exige participação e envolvimento. Pode-se estar a trabalhar enquanto se ouve rádio, mas não se pode fazer o mesmo quando se vê televisão. Portanto, a afirmação está correta.
Questão 88, UnB/CESPE – ANATEL, Caderno H – 2006. Cargo 7: Analista Administrativo – Área: 7
quarta-feira, 7 de abril de 2010
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